A pesquisa abordará os processos que redundaram na constituição de uma moderna tradição historiográfica no Brasil na segunda metade do século XX, bem como as estratégias de profissionalização e institucionalização acionadas para se estabelecer um corpo profissional especializado nos domínios da História. Pretende-se associar a compreensão das ideias em circulação a respeito da reflexão historiográfica, com os espaços institucionais nos quais elas se inseriram, restituindo-se, os contextos mais significativos de sua ocorrência e traçando uma possível cartografia de sua inscrição social. Para a consecução de tal objetivo, o projeto se centrará em dois eixos principais: em primeiro lugar, no processo de institucionalização universitária do ensino de História no Brasil dos anos 50; e, posteriormente, e de maneira privilegiada, na discussão promovida pelos historiadores no interior da A(N)PUH, a respeito da escrita da História e seu processo de renovação.
Realizado no âmbito do CEO / NUPEHC/ UFF, do NEMIC e do grupo de Pesquisa O Primeiro Reinado em revisão. Pesquisando a cidadania e as dimensões do Estado (produtividade CNPq e CNE- FAPERJ 2006, 2008 e 2011 E-26103.005/2011), usei jornais e documentos do Judiciário para analisar a política, justiça, poderes e trocas materiais e imateriais, no Brasil e em Portugal. As pesquisas foram abrigadas no Centro de Estudos do Oitocentos (CEO/ PRONEX Editais 2003, 2006 e 2009), sendo os dois primeiros propostos por José Murilo de Carvalho e coordenados executivamente por mim. Finalizado o PRONEX 2009 e firmada parceria entre CEO e NUPEHC, continuar-se-á o estudo das dimensões do Estado em sua centralidade, bem como de suas instituições, mas, levaremos em conta os grupos e os poderes em diálogo e negociação permanentes com os movimentos sociais. A atual pesquisa CNE, nos jornais cariocas, será ampliada até os anos da conciliação (1840 a 1857). Enfatizar-se-á os jornais redigidos por Justiniano José da Rocha e outros impressos do período, trabalhados por outros pesquisadores, para compreender o papel central do Judiciário na concepção conservadora e lançar novas luzes sobre os embates no campo liberal, tanto por dentro do partido conservador quanto no diálogo travado com Timandro e Tavares Bastos, revisitando as interpretações vigentes na historiografia sobre esse momento político e a profícua periodização que este Justiniano estabeleceu. Prosseguindo os estudos migratórios (parceria NEMIC), trabalharemos, a partir dos anos de 1870 e até 1920, uma documentação do Judiciário para compreendermos as trocas de bens materiais e imateriais entre imigrantes, relações raciais e identitárias e as relações estatais entre Brasil, Portugal e a Afro-latino-américa. Essas perspectivas reforçam o diálogo acadêmico com o NUPEHC, ao contemplar historiografia, trajetórias e opções políticas e culturais de sujeitos específicos, partícipes dos movimentos sociais e migratórios – escravos, libertos, intelectuais, tendo em vista refletir sobre suas atuações.
Pesquisando a cidadania e as dimensões do Estado (produtividade CNPq e CNE- FAPERJ 2006, 2008 e 2011 E-26103.005/2011), usei jornais e documentos do Judiciário para analisar a política, justiça, poderes e trocas materiais e imateriais, no Brasil e em Portugal. As pesquisas foram abrigadas no Centro de Estudos do Oitocentos (CEO/ PRONEX Editais 2003, 2006 e 2009), sendo os dois primeiros propostos por José Murilo de Carvalho e coordenados executivamente por mim.
Finalizado o PRONEX 2009 e firmada parceria entre CEO e NUPEHC, continuar-se-á o estudo das dimensões do Estado em sua centralidade, bem como de suas instituições, mas, levaremos em conta os grupos e os poderes em diálogo e negociação permanentes com os movimentos sociais.
A atual pesquisa CNE, nos jornais cariocas, será ampliada até os anos da conciliação (1840 a 1857). Enfatizar-se-á os jornais redigidos por Justiniano José da Rocha e outros impressos do período, trabalhados por outros pesquisadores, para compreender o papel central do Judiciário na concepção conservadora e lançar novas luzes sobre os embates no campo liberal, tanto por dentro do partido conservador quanto no diálogo travado com Timandro e Tavares Bastos, revisitando as interpretações vigentes na historiografia sobre esse momento político e a profícua periodização que este Justiniano estabeleceu.
Prosseguindo os estudos migratórios (parceria NEMIC), trabalharemos, a partir dos anos de 1870 e até 1920, uma documentação do Judiciário para compreendermos as trocas de bens materiais e imateriais entre imigrantes, relações raciais e identitárias e as relações estatais entre Brasil, Portugal e a Afro-latino-américa.
Essas perspectivas reforçam o diálogo acadêmico com o NUPEHC, ao contemplar historiografia, trajetórias e opções políticas e culturais de sujeitos específicos, partícipes dos movimentos sociais e migratórios – escravos, libertos, intelectuais, tendo em vista refletir sobre suas atuações.
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Pesquisando a cidadania e as dimensões do Estado (produtividade CNPq e CNE- FAPERJ 2006, 2008 e 2011 E-26103.005/2011), usei jornais e documentos do Judiciário para analisar a política, justiça, poderes e trocas materiais e imateriais, no Brasil e em Portugal. As pesquisas foram abrigadas no Centro de Estudos do Oitocentos (CEO/ PRONEX Editais 2003, 2006 e 2009), sendo os dois primeiros propostos por José Murilo de Carvalho e coordenados executivamente por mim.
Finalizado o PRONEX 2009 e firmada parceria entre CEO e NUPEHC, continuar-se-á o estudo das dimensões do Estado em sua centralidade, bem como de suas instituições, mas, levaremos em conta os grupos e os poderes em diálogo e negociação permanentes com os movimentos sociais.
A atual pesquisa CNE, nos jornais cariocas, será ampliada até os anos da conciliação (1840 a 1857). Enfatizar-se-á os jornais redigidos por Justiniano José da Rocha e outros impressos do período, trabalhados por outros pesquisadores, para compreender o papel central do Judiciário na concepção conservadora e lançar novas luzes sobre os embates no campo liberal, tanto por dentro do partido conservador quanto no diálogo travado com Timandro e Tavares Bastos, revisitando as interpretações vigentes na historiografia sobre esse momento político e a profícua periodização que este Justiniano estabeleceu.
Prosseguindo os estudos migratórios (parceria NEMIC), trabalharemos, a partir dos anos de 1870 e até 1920, uma documentação do Judiciário para compreendermos as trocas de bens materiais e imateriais entre imigrantes, relações raciais e identitárias e as relações estatais entre Brasil, Portugal e a Afro-latino-américa.
Essas perspectivas reforçam o diálogo acadêmico com o NUPEHC, ao contemplar historiografia, trajetórias e opções políticas e culturais de sujeitos específicos, partícipes dos movimentos sociais e migratórios – escravos, libertos, intelectuais, tendo em vista refletir sobre suas atuações.
Este projeto foi agraciado com Edital Universal por 36 meses. Terá continuidade a partir de agosto de 2017.
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Projeto proposto para solicitar a bolsa do Programa de Treinamento e Capacitação Técnica de 2014, que não só dá continuidade ao que desenvolvemos ao longo dos últimos anos nas bolsas de produtividade em pesquisa do CNPq e nos projetos de CNE, e visa apoiar, manter e ajudar expandir as atividades iniciadas nas parcerias feitas entre o CEO-NUPEHC, CEO-HEQUS, CEO-NEMIC, CEO-GRPesq Primeiro Reinado em revisão. Os seus benefícios podem ser constatados pelos benefícios esperados e pelas atividades planejadas, que julgamos ter impacto científico na área.
A bolsista solicitada, por meio das tarefas descritas no plano de trabalho, ajudará a consolidar o trabalho interdiciplinar, multidisciplinar e interinstitucional de investigação, debate e difusão do conhecimento acadêmico propostos. As infra-estruturas existentes foram criadas com verbas Editais CEO – PRONEX 2003, 2006 e 2009; Ciências Humanas/CNPq 2004 e CNE Edital 2006, 2008 e 2001 (vigente). Os PRONEX foram propostos por José Murilo de Carvalho e os dois primeiros coordenados executivamente pela proponente.
Nesta proposta de trabalho os temas contemplarão poderes políticos, trocas culturais e cidadania ao longo século XIX, com ênfase nos dois momentos especificados. Nos projetos anteriores, discutimos a historiografia sobre a formação da Nação e da cidadania em dois períodos, a saber: 1834 a 1840 e 1889 a 1932. Nesse atual, continuaremos a considerar os autores que fazem a revisão historiográfica, nas novas temporalidades propostas, de tal modo que não se supervalorize o papel do Estado em detrimento da sociedade e que não se dê à sociedade poderes de conduzir isoladamente o processo histórico. Tal como nos projetos anteriores, partimos de um novo olhar sobre o papel do Estado, tão questionado no contexto da globalização e da constituição de organismos supranacionais, que esvaziaram a sua centralidade “como agente de ação política e fonte de direitos”, e acabaram debilitando as identidades nacionais, levando ao agravamento das desigualdades sociais e à falência do estado de bem-estar (NEVES 2009, p. 4).
O Estado será estudado de forma interrelacional, dinâmico, sem ser monolítico. A compreensão do Estado e de questões relativas ao centralismo ou localismo serão importantes, bem como devemos avaliar o equilíbrio ou a supremacia dos poderes, a forma de condução dos assuntos relativos ao governo, à participação política e aos direitos atinentes à cidadania e à soberania, legitima ou não. Se de 1834 a 1840, a disputa se deu entre o Executivo, nas mãos da Regência, e o Legislativo, já a partir de meados do XIX, sobretudo a partir dos anos de 1870, percebemos o crescimento gradual do Judiciário, papel que era reivindicado no campo liberal tanto pelos que se diziam conservadores quanto liberais.
Portanto, para tornar mais tangível e viável a proposta de análise, abordaremos o período entre 1840 e 1857 a partir dos jornais editados por Justiniano José da Rocha e de outras obras impressas. Nessa leitura, cuidar-se-á de mapear o papel dos diferentes poderes, acompanhando debates e polêmicas travadas na esfera e na praça públicas, nos espaços de exercício da cidadania, como era a imprensa e as sessões do Conselho de Estado. A partir de 1870, é nossa intenção ver como se tratava a questão servil na pena dos conservadores e no seu diálogo com os liberais. Os anos de 1870 configuram-se como momento de gradual aumento migratório, e para melhor compreendermos este debate verificaremos como os trânsito de capitais entre o Brasil e Portugal, bem como com outros países da América Latina, era visto e legislado em leis, códigos e nas práticas do Judiciário. Para tal, se prosseguirá a análise da documentação do Judiciário para se acompanhar as experiências de distintos sujeitos históricos.
Que pode ser dito de novo sobre a cidade do Rio de Janeiro nestes seus 450 anos? Que cidade é essa que se tornará visível nas páginas do livro proposto? Um Rio de Janeiro que parecia improvável, o da leitura e escrita dos grupos populares do século XIX. Apesar de muito ter sido revelado sobre o cotidiano dos indivíduos comuns: trabalhadores pobres, escravos, negros e imigrantes na historiografia das últimas décadas há um aspecto que, no entanto, permanece ainda pouco explorado: o domínio da cultura escrita pelos membros desses grupos populares. Numa sociedade com altos índices de analfabetismo, como era a brasileira do século XIX, acabou-se por se naturalizar a ideia de que as práticas de leitura e escrita estavam restritas a uma elite cultural branca e economicamente expressiva. A pesquisa dos modos de circulação da escrita nos espaços populares evidenciará um sistema de comunicação pouco conhecido. Assim, o desafio deste projeto é cartografar um Rio de Janeiro (ainda) invisível. Mapear uma cidade para a qual pouco se atentou, embora ela ali estivesse, contida no traçado das ruas, no cotidiano de seus moradores, na vida comum. Trata-se da cidade que se inscreve, no território, por meio das práticas de cultura escrita vivenciadas por homens e mulheres pobres no Rio de Janeiro Imperial. Não se trata de voltar uma vez mais sobre Machado de Assis e Lima Barreto para dizer como eles foram excepcionais (que o foram) mas para mostrar o que eles tiveram em comum com outras pessoas pobres, negros, mulatos ou não: a aprendizagem do ler e escrever e evidenciar como aconteceu. Esta pesquisa se articula em torno de três eixos temáticos: aqueles que têm como objeto a análise do espaço da cidade inscrito pela experiência e vivência de seus habitantes; os estudos dos usos sociais da leitura e da escrita e suas distintas funções e práticas; as reflexões em torno da educação das camadas populares, no Império Brasileiro. Este projeto foi contemplado no Edital da Faperj Rio 450 anos.
This project looks at British entrepreneurship and investment and its impact on Brazilian economic development from 1860 to 1914. During this period, Britain was the main direct investor in Brazil, with a share of 93.6 percent of the capital invested from 1860 to 1875, and 53 percent between 1903 and 1914. British investment led to the development of key industries such as banking and land and sea transportation of people and merchandise in services, textiles and machinery in manufacturing, and primary industries such as rubber. Many of these businesses still exist today and remain in the hands of the descendants of British entrepreneurs. By tracing back the evolution of a group of these British businesses from their inception until 1914, this project identifies and explains the sources of British competitiveness and long-term survival in Brazil. The research draws on private and public archives and on the collection of original patent and trademark data.
Investigaremos as dimensões do Estado em dois momentos: 1834 a 1840 e 1889 a 1832. Conjugaremos as propostas do CEO/PRONEX, onde pesquisamos e orientamos trabalhos sobre jornais cariocas publicados entre 1834 a 1840, com aquelas desenvolvidas nos âmbitos do grupo O Primeiro Reinado em revisão e do NEMIC, ambos GRpesq – CNPq. Tal como no PRONEX “Dimensões e fronteiras do Estado brasileiro no século XIX” (2009), ao qual esta proposta também está vinculada, o Estado será compreendido como lugar de convergência, disputas, negociações, conflitos e interesses diversos. Partiremos dos resultados dos PRONEX (2003 e 2006, propostos por José Murilo de Carvalho) e dos resultados obtidos nos Cientistas do Nosso Estado (2006 e 2008). Portanto, dando ênfase à centralidade do Estado e ao realinhamento das elites e das suas instituições, analisaremos as diferentes posições dentro dos grupos ou identidades políticas, com especial interesse em compreender a gestão das instituições que compunham o Estado, a questão de quem governava e o próprio papel do Estado. Período pouco estudado pela historiografia, serão marcos importantes os anos de 1834/1835 ? desagregação dos moderados ? e 1837 ?quando o regresso, levou ao predomínio dos saquaremas e à Maioridade. Nos processos de homologação de sentenças estrangeiras (TR 2 ? RJ), pesquisados para 1889 a 1932, mapearemos a atuação da Justiça no Brasil e em Portugal (inventários, testamentos e partilhas). Analisaremos comparativamente a atuação do Poder Judiciário, para a compreendermos as relações internacionais entre as duas repúblicas nascentes, atentando para as relações e influências recíprocas das formas e instituições jurídicas, uma vez que no Estado moderno o Judiciário desempenha papel fundamental. Igualmente objetivamos compreender como os governos tratavam os seus nacionais, seus bens e como os artigos do Código de Processo Civil, português, (1868) foi acolhido e interpretado pela Justiça Federal e pelo STF.
Investigar-se-á as dimensões da cidadania em dois momentos: 1822 a 1840 e 1889 a 1937. Conjugaremos atividades exercidas no âmbito do CEO/PRONEX, onde pesquisamos e orientamos trabalhos sobre jornais cariocas publicados entre 1822 a 1840, com aquelas desenvolvidas no âmbito do NEMIC, do grupo Efetividade da Jurisdição e na organização de acervo na Justiça Federal (nestes dois últimos espaços o trabalho foi terminado em março de 2009). A cidadania será vista como identidade coletiva que produz sentimentos comunitários entre indivíduos naturais de uma cidade ou de um Estado. Para analisarmos as suas dimensões, considerar-se-á as relações dos cidadãos com o governo, com as instituições do Estado e também os valores e as práticas sociais definidoras da esfera pública. Esta proposta reune, portanto, projetos e núcleos de pesquisas. Insere-se sobretudo nos objetivos e nas metas mais amplas do PRONEX acima mencionado, coordenado academicamente pelo Prof. José Murilo de Carvalho e executivamente por mim. Analisar-se-á jornais representantes de facções com visões distintas sobre a origem do poder e sua fonte de legitimidade, pugnando por entendimentos diferenciados sobre o que era o cidadão e sua participação na esfera pública. Nos processos do Tribunal Regional Federal – RJ, pesquisados para 1889 a 1937, circunscreveremos o trabalho aos processos que revelem causas que afetem a população em seus direitos, inclusive os imigrantes – considerados iguais diante da lei e com direitos relativos à cidadania-; e os que tratem de questões administrativas, mormente após 1926, quando a reforma constitucional mudou o caráter das demandas contra a União. Buscar-se-á mapear os significados da cidadania ao longo desses momentos e nessas diferentes fontes, de modo a executarmos tarefas conjuntas e dialogarmos com outros pesquisadores envolvidos nos grupos de pesquisa mencionados.